Nessa estrada em que trafego
nem sempre flores conquisto
pois sei que em terra de cego
quem tem um olho... é malvisto!
Com certeza alguém fará
protestos aos versos meus
só porque afirmo: — Quem dá
aos pobres e empresta, adeus!...
A vivência me sugere
modificar o verbete
porque quem com ferro fere,
na certa não tem cacete.
Viver fiado em quimera
é coisa que não convém
porque de onde não se espera...
de lá mesmo é que não vem!
Do livro: "Versos Sacânicos", Ed. do autor,
1989, PA