CAOS
Nascemos do caos,
de um delírio de corpos se amando
misto de paixão, suor e prazer.
Nascemos com a imensa necessidade de vida
e o incontrolável desejo da morte,
que ronda nossos passos,
sombra negra
a certeza de partir.
Somos animais hipócritas vestidos de razão,
ocultando em nossas veias o sangue vermelho do instinto.
Cai a minha máscara
e sei que preciso viver a intensidade de cada desejo.
Sentir sem medo de sentir,
caminhar sem medo de errar,
errar sem medo de acertar.
Meu coração adormece sozinho
a chama daquilo que um dia poderia ter sido.
Minha vida espreita o dia de poder
explodir em riso e festa
aquilo que ainda guardo para viver.
Cláudia Maria Fernandes Marczak
Do livro: "Primeira antologia dos poetas internautas", Blocos, RJ, 1997
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