E te imagino comigo tão distante,
Deste mundo que o Homem construiu,
Que navego, e luto contra o rio
De marés tão cheias de presente.
E caminho na noite (pensamentos medonhos),
Chutando luas como latas vazias,
Assobiando estrelas cadentes.
Dobro as esquinas dos raios luzentes,
Cheias de estrelas vadias,
Vendendo seus brilhos em troca de sonhos.
Do livro: "Pois eu estive no arco-íris", Edicon,
1964, SP