Todos os que estão neste cinema agora,
Neste cinema alegre,
Um dia hão de morrer também:
Nos cabides as roupas dos mortos
No entanto parece que os freqüentadores deste cinema
Estão perfeitamente deslembrados de que terão de morrer
— Porque em toda a sala escura há um grande ritmo de esquecimento
e equilíbrio.
Augusto Frederico Schmidt
Do livro: "A poesia fluminense no século XX", FBN/Imago/UMC, 1998, RJ/DF