As angústias habitam as sombras.
Gritam nos porões,
em busca da luz.
Rebelam-se, debatem-se,
à procura dos espaços.
Revolucionam as submoradas
dos sentimentos.
Quando fogem, entram em metamorfose,
correm para o sol.
Colocam "shorts" e vão à praia.
Aí, transformam-se em uma flor
ou um poema, porque a poesia é a
ansiedade que rompe as grades dos preconceitos e
conquista a liberdade.
Do livro: "Curral das almas", O Escriba, 1994, MG