Metro do tempo em seu afã constante,
ó
incomparável medidor
da alegria esfusiante,
o pranto e a dor
criadora
da hora,
eu,
teu
poeta,
ampulheta,
tenho-te horror!
Teu rumor incessante
faz lembrar a ânsia do expirante,
da final pá de terra
o atro rumor!
Do livro: "Jóias falsas", Pongetti, 1964, RJ