A Pátria do NÃO SER
Uma homenagem a Augusto dos Anjos
Os valores sociais espremem ao homem forte
Como o peçonhento as chagas podres espreme.
Que olha o horroroso e sanguinolento pus e teme
Que as erupções demorem a levá-lo a morte.
Ser autêntico no fedor abafado das ruas imundas
É combater todos os titãs de uma só vez.
Pois, ante o monstro social perdemos a altivez,
Somos iguais aos habitantes das covas mais fundas ...
Aquele que não se abate sob tal ataque feroz
É candidato certo a caminhar para o algoz,
E terminar seus dias como mártir do ser ...
Não sabe ele que nossos mártires são fabricados,
Nossos heróis forjados e firmemente atados
Aos ideais supremos da pátria do NÃO SER!
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