Somente um Botão entre Eu e o Paraíso
Os corpos se chocam, libidinosos.
O tempo se esvai, mas ninguém nota.
Minhas mãos tão ágeis, se esforçam,
Em sentir a plenitude daquele ser.
O cabelo solta, se espalha pelos ombros,
Como as ondas do mar que a areia beijam,
Como o vento que afaga a estepe dourada,
Trazendo a iminência de intenso calor.
Finalmente! A saia cai no chão ...
E as colunas róseas que a sustentam
Ficam a mostra e ao meu alcance.
Mas na blusa ainda resiste, obstinado,
Um último botão. Me nega o paraíso que,
Nesta vida amarga, é um regaço de mulher.
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