Algumas coisas me marcaram
nessa paizão:
I - Depois de chupar
minhas
mamas,
ela soprava.
II - Sentava no meu colo,
e em circunferências
lembrava um
blue.
III - Beijava as extremidades
dos meus olhos
e um por um (devagarinho)
os colocava na sua
boca,
e quando por completo
cerrava os lábios,
comprimindo.
(Único prazer
comprimido que amei).
Meus temores alimentam
a instailidade que alimenta
meu eqüilíbrio.
As pessoas no bar bebem,
e são cotidianas em gesto e som,
e eu faço poesia como se isso:
fosse menos cotidiano do que apresento ser.
Sabendo que não há vazio em mim,
interpreto a realidade
que supostamente sou.
Vontade é ser o que sou.
— Mostra que não se refaz.
Do livro: "Amor inverso", UBE/GO, 1990, GO