Impulso do pássaro liberto da noite
À Beki Klabin, sorrindo como o amanhecer
Libertou-se de preconceitos,
trôpega em viagens emotivas,
a dama-ave do café society.
Como um raio de sol
— que possui sombras —
ironizou a madrugada e a amargura:
— Viveu!...
A solidão batem em sua porta,
não a recebeu, queria-a cor de marfim...
... e esta angústia de não ser mascarada...
Feriu-se ao correr das ilusões
E foi, caminheira, varrendo cinzas da noite
na estrada vida — nuvem sem destino.
Renasceu em sereno,
beijou a boca do vento
e voltou à estrada:
com riso de infância.
Desfocou a tristeza ao sorrir
e fez das lágrimas secas, estátua.
Afinal é mulher, apenas mulher
É Beki — luz que acende estrela:
— Flash!
Flash-Back!
Flash-Beki,
Beki, raiz da musa, seiva que gemina...
Do livro: "Literatura Século
XXI", vol. I, Blocos, 1998, RJ
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