Alma negra - gostinho de sofrer
Rebuscada de manchas - tom sobre tom
Tons de cinza, tons de preto
Tons sobre tons.
Fútil insensatez
Despejada em divãs de outros doidivanas
Tão complexos em sua psicologia.
No início me vestia de preto
Acentuava minhas olheiras
Fazia cara de sofrimento
Ah como era bom...
Períodos de euforia garantiam o equilíbrio
Alimento para minha obsessão
Coquetel patológico de barbitúricos
Que corria por minhas veias
Troca de receitas com os amigos
Sentido para a monotonia.
No divã, o taxímetro continuava a rodar.