Solitude necessária
Admiravelmente presente
Carrego-a como a um dólmen de nobreza
Solitário viajo como a gaivota
A águia
Ou o albatroz em sua solidão companheira:
A construção tem referência
À base
E por ela edifica.
Como âncora
Em porto seguro
Mantém-nos em águas serenas.
A alma sem fazê-la companheira
É um barco à deriva
Se despedaçando nas rochas.
Agora reuni meus fragmentos
E para costura-los
Necessitei estar só e me reconstruo.
Isto não é segredo
Mas tem mistério,
Descobri-lo é o nascer da verdade
E esta é a jóia mais preciosa,
O fio de Ariadne
E os cabelos de Ulisses.
Com ela singrarei novos mares,
Derrotarei outros dragões
E acomodarei docilmente meu corpo em seu colo.
Saberei como é o mundo
E eu no mundo
E ter na mente.