Poema de sedução
Toda vez que o desejo
Perco-me.
Não sei qual carícia,
Qual malícia.
Se aquieto meu gemidos
Ou deliro bem no alto
Do teu peito.
Só entendo um amor
Que não completa
A ordem da cama.
É louco amor
De pura fama.
Um orgasmo alterado.
Alterofilismo dos teus braços
Juntos aos meus.
Dois sentidos:
Um é fraco, é sensível
Malicioso sangue cru.
Outro nobre, bem vestido
Deste outro, quero ser
A carniça do urubu.
Toda espera é sempre feita
Com suores, tais maleitas
Misturada à tinta espessa
Começou a me despir.
Estou nua de respeito
Ao pedir, sem muito jeito
Leve embora tua nudez
E faz-me ir.
Do livro: "Louvores e cantares",
Blocos, RJ, 1999
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