Apologia
Sempre seguindo de olhos fechados
O tempo parece inerte, e mesmo assim
O tempo é definitivo em dizer
Que apologia do crime é gritante e defeca em dizer
A apologia há de anteceder
O crime que agora vou cometer
Vou abraçar todas as putas e fotos queimadas
E dizer que o mundo é então a velha e eterna morada
Não, parece noite
As estrelas são luzes nos meus olhos
E somente uma apologia me conduz
Ao mundo infinito de caminhos sem luz
Não me deixe dizendo porquê
É a mente de mim, imoral
É o idiota revoltado, que se bate e se corta
E vê nas paisagens o destino que corta o infinito ausente
molhado no cólo de vênus se entorta
Apologia é o olhar aos olhos do Fábio
Verme, já não te disse antes
Fique quieto e seja demente
Retarde sua mente, doente
Nas linhas da apologia me conduzem as fezes
As notas estranhas de coisas perdidas que compus
Aos vales em transe apologia me conduz.
«
Voltar