A Grande Solydão
ao centenário de Mestre Gilberto Freyre |
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Não a decantada pelo mago Rilke
de amores e anjos terríveis. Nem o sol da mais sólida soledade Nas tropicais miscigenações. No solar de mangueiras, licores de pitanga. Tantas comendas, quantas ingratidões? Desabafo na cidade sitiada Em trópico de pernambucâncer: Meus filhos, volúpia genética, sem os lances de minha genialidade. Discípulos? talvez porventura intelectuários. Dissidentes? desaforadamente sectários. (Salve-se a vaidade de um ex-Príncipe da Sociologia.) Madá, ô Madá, Ô Madalena Madeleine! Larga esse tricô e vem me abrasar... Coço as virilhas da poesia em pânico: Vem, ó menino da rua, menino senzalado, desejado. Fui eu quem inventou a modernidade de teus suores e músculos e apetites. Durmo sonhando com a eternidade de meu Y. |
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The Great Solytude
Not the one celebrated by the magician Rilk
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