Cantando a vida, vou contando a Arte.
Usando a Arte, vou narrando a Morte/
Além do artista, nãp há quem suporte
Encargo tal, sem que seu peito enfarte.
Assim, co'a esgrima do aguerrido Marte,
As Parcas tecem loas a Mavorte;
Cupido e Vênus dão mais vida à sorte
E o homem, sob o Fado, ao fim se parte.
Metade é fera em mescla angelical,
Metade é anjo em névoa sobre a Terra
E o que é realmente só se vê no fim.
Por isso faço versos. Ao final,
Conclamo a todos: Paz, em vez de guerra!
Foi para isso que ao Mundo vim!
Bendito sejas tu, que os dias passas,
Temtamdp. sempre e ,aos. a[azogiar!
Bemdotp seka p tei a,pr ap ;ar.
Jamais sorvendo o fel de amargas taças!
Bendito sejas, pois desembaraças
Os nós que os povos têm que desatar.
Chamando o amor fraterno, par-a-par,
Quando há discórdia, afrontas vis e ameaças!
Vencendo sempre, nunca tu fracassas.
Pois que as derrotas vêem-te mais lutar.
És mais valente do que o vento e o mar,
Se bem que glórias dão-te muito escassas.
E assim, porque semeias paz e amor,
Bendito sejas, PACIFICADOR!
Do livro: "¡Escancara!", Blocos, 1997, RJ