— Viajor das nuvens altaneiras
que acolchoam as lúcidas moradas
das estrelas nas frígidas fronteiras
por luzes mil no céu iluminadas...
— Sonhador de mensagens conselheiras,
perdidas nas longínquas alvoradas,
transformadas em vozes mensageiras...
por que dessas insólitas jornadas?
— Companheiros, ouvi o canto meu!
Meu ser, na inspiração de que me valho,
anseia e sonha o prometido Céu.
Para libar o refrescante orvalho
dos célicos vergéis transpõe o véu
buscando o lar do tépido agasalho.
Miguel J. Malty
Do livro: "¡Escancara",
Blocos, 1997, RJ