Por dentro da alma, letárgica, amorfa,
Bramiam gélidas verdades, turvos sistemas.
Das vezes que o mundo tocou-me as vísceras,
A languidez levou-me a sentir seguro.
Mas de dentro do eu, o mundo partia-se
E o frágil fio de minha existência final
Era a única carga que me apoiava.
Sigo adiante, em forçadas lembranças,
Em tombos (que até servem de impulso),
Um novo dia pela frente a esperar:
Outras verdades, que concretamente tenho a superar.