Navegas, que eu sei,
Entre livros e pedras
Trazidas de longe,
Por deuses, profetas...
Navegas por mares,
Por rios sinuosos
Que antes, tão calmos
E agora nervosos.
Navegas, eu sei,
E o sei muito bem!
Dos livros às pernas e
Por entre as pernas.
Mergulhas profundo,
Explorando impune,
Odores perfumes
De um outro refúgio,
De um Outro mundo...
Nevegas de dia
Mas sonhas à noite,
Quando navegar ou viver
Já não é mais preciso,
Já não é mais o ato,
Já não é mais o ser.