Sangro desde a mais nostálgica idade.
Ainda fede e fascina a primeira menstruação,
Ali, ao final do beco dou fim a minha náusea —
junto a imagens de quartos infantilmente decorados,
ainda domésticos.
É o que eu procuro,
afogar-me em virgens sarjetas...
no entanto dispenso aquelas que refletem estrelas:
são elas que fazem mortíferos os desvios de caráter,
são elas que trazem o tremor das doenças venéreas...
Anseio águas mais turvas; de inesperada perversidade —
há aquela garota do Jardim de Infância,
ela que conserva o seu digital olhar de francesa...
a ela que escrevi um indizível futuro...
e então a imaginei como uma filha —
faço-me então o seu escravo; espero o chicote.
Assim quem poderá condenar o êxtase?
Como é fosca a iluminação que me cerca;
induz ao tremor de quem tem a certeza de existir...
e agarro-me a diversas manifestações,
de tolice e de arrogância.
Todavia nenhuma forma de suicídio é satisfatória,
estão longe de serem messiânicas...
Me resta permanecer sentado,
atado a uma frenética masturbação...
para as portas do gozo espantar-me com a solidez das nuvens,
constatar que é a mesma aridez de retratos cinzentos, esfacelados.
Ainda não é opressor este céu rasante...
Ainda não...
Apenas fedem e agem como cúmplices;
brilham como dois olhos brancos e gordurentos —
de modo que imagino a disforme umidade de um rosto gordo;
um rosto que o tremor das velas faz volúvel...
psincalítico.
Há apenas paredes e porra,
delírios doces e amargos...
novamente a tolice, novamente a arrogância.
Enfim, o suspirar de olhos sóbrios —
são apenas delírios.