Na lâmina,
Acorrente presa em circo,
Tortuosamente deslizou,
Sua cobra molhada,
Arrancando planta do ninho,
Levantando lodo de cio,
Harmonizando o som do desvario,
De cada bicho alado,
De cada estaca torta ,
De cada folha morta,
Que nele se embalava.
O pisco assombrado,
De milhares de olhinhos,
Grudados no infinito,
Silenciosamente,
trouxeram vestes de veludo,
de uma pérola cravada.
E a pérola,
Mimosa e solitária,
Mirou-se nesse espelho de luz
E de mais nada,
Posando qual princesa,
Nua e iluminada,
Para o risco imaginário,
De um homem que olhava....