Pequenos carentes ... doces frutos inocentes
Pingos de gente abandonados na aridez
Pétalas caídas sem as cores da inocência
Jogados no mundo revestidos de estupidez.
Nos passos criança, há gotas de orvalho
Feita de olhares, dores e solidão
São crianças perdidas sem agasalhos,
Que vivem sofrendo a procura de pão.
Nas frias calçadas das grandes canções
Nos hinos sensíveis da grande religião
Menores abandonados, pisoteados sem vida
Infelizes vagando com a alma ferida.
Crianças menores. Abandonas crianças ...
Lançadas sem amor à futura esperança
Se tornam maiores, transbordam de revolta
São presas nas grades pela estupenda escolta.
Se tornam banidas pela granda raça
Que destruiram um dia seus férteis desejos.
Hoje os acusam como ruína da massa
Sem lembrar que um dia lhes deram desprezo.
Crianças. Menores de amor e afeto
Sem rumos; eternas a procura de um teto
Outros não viveram para sentir o drama
Porque do feto... foram jogados à lama.
Crianças drogadas, fadigadas e descalças
Sujas pela poeira do deserto tirano,
Buscam incansáveis nos rumos mais altos
Um pequeno sorriso e um carinho humano