A rosa que trouxe e cinerou a dor,
não conhece o significado dos dias...
Ela se move prisioneira em sua pele de chumbo
e não transpira por não ter poros...
Em suas células guarda ódio a tudo e a todos,
não tem memória e se alimenta com sua fome voraz.
Ela não casa com nenhum princípio,
mas gera medo.
Sua figura rotunda invadiu nossas noites
povoando-as de pesadelos bélicos.
Essa rosa que fere profundo a lógica,
fala de paz enquanto arma o futuro.
Nós conduziremos a rosa e seu feixe
por um sombrio deserto.
CONDUZIREMOS?