Traslado de pedra para outra
Passos curtos, pensamentos longos.
Sol transpassando folhagens,
pés engulindo caminhos,
folhas gotejantes...úmida manhã.
Lembranças de sereno passado,
Cheiro de terra, irrompendo as narinas.
Palavras morreram, gritam os gestos!
Poluição pantomínica,
O som do silêncio ecoa nas pedras...
Em confronto com as ondas.
Toma-se do poder para perder-se
Ätomo não move velhos moinhos...
Vestem-se mantos sacros eróticos.
Acostumou-se com costumes já desacostumados.
Foge-se do conhecido... e desconhecido não conhecemos.
Trancam-se quartos desemparedados.
O lago coberto de purpurina,
Doura somente os banhistas... não os peixes.
A constância de quebrar rotinas, torna-se rotineiro.
Algo-estranho-matéria-abstrato queima a gargaanta...
Bebe-se um chopp gelado... os ingleses que me perdoem...
Inicia-se um viver de motivos desmotivados.
Interrompem-se compassos que foram triângulos,
Uma reta que desune dois pontos...
Um revolto mar invade um hermético recipiente rubro-encandescente.
Um incessante explotar de reações e um
Descontrolar contínuo de controles acontecem!
Continua... a vida!