Eu te convido a que nos inunde de todo,
todo o mel que te verta nesta lua
pois que mais que de mel pretendo de ti, de tu'alma:
que em vestes de vestal, em rito de mulher calma,
de paz nos enfeite; de paz de u'a mulher nua
Eu te convido ao encontro mais que ao embate,
à fusão mais que ao encontro;
eu te convido ao néctar do canto
de ser metamorfoseado em sonho,
diluído no pranto e melodia de lua
do mais inebriante mel de mulher nua
Eu te convido à fé nos corpos,
na pele e pelos, nos peitos, no tudo e no mais
que tivermos para, como cristais,
tilintarmos de emoções, as nossas; e entorpecermo-nos
de vida, de prazer e cantos dos nossos corações
Eu te convido à alegria e ao medo desse momento,
o prudente, o rosto de compromisso, a promessa
a canção, a poesia, cantor e orquestra
do teu e do meu Bolero de quermesse,
da prima, e vera, nossa tão desejada festa