Ao abraço do mar, indiferente
fugias, e, no tapete da praia
Seguias, pousando graciosamente
Teus passos sobre a alva areia...
Era como se a vida fugisse ao mar...
De que adianta o imenso poder
Das águas que há pouco deixastes,
Se agora derramam-se a teus pés a sofrer
E não conseguem atingir teu coração?
O mar, que há pouco te abraçava, chorou,
Acolhendo a dor em toda a sua imensidão...
Mas eu, da areia a te olhar, fiquei a invejar
O triste mar que chorava, pois o meu amor
Era muito maior, mas jamais te tocou!...