E voltava só empreitando ao pensamento
as minhas desarmonias de ego,
combinando-as aos desdizeres do ora sim, ora não.
Mais além dos desditosos pensamentos
os olhos espiavam o caminho e eram eles claros.
Encompridou-se o sorriso porque a noite não estava só.
Você estava ali e se exibia às árvores,
ainda desnudas, com suas roupagens de inverno, e a mim.
Os olhos perderam os pensamentos e
seu brilho me trouxe uma veemente vontade
de estar tão desnuda como as árvores.
E de tê-la sempre e tão mais brilhante
se exibindo à minha nudez.
Diálogo mudo, na noite de lua cheia.