Cachoeira de tão bonito amor
no seio de maravilhoso mato,
és floresta tão densa de pudor,
exalando o perfume desse fato.
Em namoro de puro ardor,
és a menina em boa diabrura,
que tem entranhas e o calor
de felina: — ó, minha criatura!
Desejada pelo sexo ardente,
és qual fêmea em ascensão
com desejo louco e crescente,
disparando teu vil coração.
E no tocar a pura alma tua,
o velho amor invade meu ser,
agitando minha vontade nua
de satisfazer a carne em a ti ter.
Longe de ti sou qual um poço
vazio, escuro e sem esperança;
perto de ti pareço tão moço
e isto não é só a lembrança...
Dos anos dourados do passado
Viril duma juventude sexuada.
Sou um simples ser abençoado
Por ter tua alma: — ó, namorada!