Feche os olhos e veja meu mar recoberto de silício,
a estrela cadente que desabou em tristeza da noite risonha,
do naufrágio dos aviões, das guerras sucumbidas!
Veja a criança da Etiópia que morre de fome,
o tempo que desaba o mundo, tanta palavra, tanta ironia...
A poesia que se vai, quanta dúvida,
o sol que que se esconde, quanta dúvida,
os olhos que, quantas vezes, se fecham para sonhar,
e meus olhos perdidos, que vêem tanta luz encaracolada,
montanhas sem rios sem mundos, sem finitos,
para o sol marcar sua estância colorida.