Já se faz tarde...
ou é cedo demais?
Madrugada ainda,
e a fumaça persegue
o último cigarro.
O que é que há?
Nada, ou quase nada.
Retiro as lentes,
tento em vão, pelo vão,
espiar a vida
que me espreita,
cá dentro.
Do livro: "A dor da frágil pluma", Ed. Taturana, SP, 1982