Serão ventos e rumores
de extintos mundos?
Sons febris me visitam
na virgem noite.
Milenares camadas
de mim mesmo...
Cavalgam sem pressa
o dorso das sombras.
Multiplico-me. Flutuo
e reinvento o infinito.
Em concha de sonidos
edifico os mundos.
E recolho-me em transe
no fremir dos passos
e das órbitas perplexas.