Que notável vigarista sou eu;
Amo incondicionalmente as catástrofes e os impulsos que levam
a ela...
Pois eu sinto que nasci para perder você;
Apenas para perdê-la...
Não chore e não grite:
Gostaria de poder resumir todo o câncer que há em mim
dentro de um berro desumano;
Para então coloca-lo dentro de uma inocente canção
de três minutos —
Com um doce sarcasmo nos olhos lhe ofereceria esta vulnerável
eternidade:
Seria como um espelho a refletir toda a minha imbecilidade...
Mas não chore e não grite;
Deixe-me anestesiado:
Não faça de mim um lancinante caco de vidro —
A degolá-la avidamente... como quem ama.