Sobre o viaduto da vida
viaja o jardineiro da tarde
anotando versos mortos na alma
e mentiras que se tornaram verdades.
Sobre o viaduto da vida
o jardineiro rasga
as vestes do céu
e coroa as cores do arco-íris
nos braços da escuridão.
Do livro: "Os olhos do silêncio", Ed. Scortecci,
SP, 1999