Chove cinza hoje.
Olho para a poça
E os círculos concêntricos
São a riqueza mais doce:
As lembranças de nós dois.
O dilúvio que cessou
Não gera mais momentos.
E agora, quando eu olho,
Os círculos que eram fortes
Ficam distantes, mais fracos.
A lágrima que cai
Me faz lembrar daquela chuva,
Ondulando as águas
Que não podem se acalmar.
Não deixe que eu possa ver meus olhos
No espelho dessas águas
Não me deixe ver chorar
Quem um dia o fez de amor.
E agora, tristemente,
Experimenta o mergulho
No mergulho, no vazio…