Escrevo não com intenção de ser consagrada pelo
o que já sou - Imortal.
A alma que me possui renova-se pelos séculos afoita por
experiências...
Escrevo indefinido...
Não é poesia, prosa, poema, crônica....
Apenas arrumo as palavras para que fiquem providas de um certo significado.
Escrevo não com intenções grandes e glamourosas.
Carentemente escrevo para conversar com minha voz interna e sacia-la
de sua
solidão.
Humildemente escrevo por necessidade , por vício, por conhecimento
interior.
Desabafo com palavras conduzidas ora por emoções
fortes,
ora por completa apatia.
Escrevo por ímpeto, paixão!
Escrever é um dos meus sentidos a flor da pele captando o menos
perceptível
sinal.
Fotografo a essência e o elixir das imagens.
Escrevo colorido e em preto e branco.
Raivosamente escrevo!
Ansiosamente escrevo!
E quero berrar palavrões, cuspir a injustiça...
Chocada, tento correr controlada nas linhas pautadas.
E o ponto termina num solavanco!
Carinhosamente, escrevo...
Ternamente, escrevo...
Moldando as letras como esculturas...
Desenhando sons e sensações na folha branca sem limites...
Intensamente escrevo.
Rapidamente escrevo.
E as gotas de tinta são as minhas lágrimas.
E o bailar da caneta a minha alegria.
Calorosamente, escrevo.
Firmemente, escrevo.
O contado com o papel me excita.
E na pressão do punho amo.