Nos cavos de meu
peito
pulsas,
velho coração.
A vida toda o tum-tac
marca o ritmo suposto
infinito.Não se
exauriu teu músculo,
ainda não.
Apenas
tuas cargas de emoção.
Agora bates
sóbrio,
quietamente surdo,
para que ninguém ouça
teus sinuosos caprichos
Do livro: "Relógio de areia", Editora Kelps, 1998, GO