Cá, nas favelas infindas
Das terras de nosso país
Nascem crianças lindas
Vivem moças gentis
Mas, passa um dia a caravana
De traficantes, bandidos, de injustiças cruéis
Levando os sonhos mais lindos
dessas moças, aos bordéis.
Dos jovens` a desesperança
na droga, a escuridão
A morte lenta e sofrida
Que se aloja no coração.
E nós, que fazemos nós?
Emprestamos, ainda, a bandeira pátria
Para cobrir infâmia e covardia
Continuamos a caminhada
de uma vida gélida e fria.