Se todas as manhãs
          Moldassem nas nuvens
          As tuas formas...
 
         O Sol brilharia sorrindo
         Os pássaros sentindo
         A tua beleza no ar

         O vento daria lugar à brisa
         Na imensidão azul, incontida
         Tanta beleza se espalha

         As árvores cantariam em coro
         E eu, a sorrir, do morro,
         Me poria a chorar

         Os raios dourados
         Entrando às janelas
         As flores, tão belas
         Que tens em teu jardim

         Pura ilusão mortal
         Ao amanhecer, um temporal
         O cinza no céu constante

         As árvores tortas
         As flores mortas
         O Sol escondido
         E o céu  — ferido
         Derrama suas lágrimas no chão

         Meu coração desmanchado
         As janelas fechadas
         Que saudade de você...

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