Na parede azuis
pendem sobre a paz
também entregue
a mornos ruídos.
A casa salva
nas manchas que chamam
o tempo a depor.
Invisível água
e o menino infiltram-se.
Mergulho de mansos
peixes miúdos
no sono mofado.
Educam a cozinha
as crostas experientes
nas panelas gripadas.
Na sala rouca,
o velho e vermelho
sofá de convites.
A colcha sussurra
no quarto de penumbras.
O pátio sufocado
de gargantas.
Talvez uma vitrola
se erga, talvez
os sapatos do tio
lutando com o barro.