Às vezes põe medo na gente,
por vezes sereno e amigo,
longe de ser uma mãe,
ausente, mesmo presente.
Herói de fim-de-semana
a fugir da realidade,
herói na beira da cama
por um instante, quem sabe.
Pai filósofo do grito,
do chinelo e do castigo,
porção de cenho cerrado,
nem sempre o melhor amigo.
A que filho então pertence
o filho da sociedade,
que faz o filho, contudo,
a si mesmo não convence ?
O pai está dentro de nós,
voz suave e melodiosa,
o qual eu sempre quis ter,
mas é difícil de ser.
Pai, ajuda-me a ser pai
não apenas no papel,
um pai que levanta e cai,
um pouco do Pai do Céu ! ! !