Na ausência de céus azuis,
De amplidão de horizontes
E aparadas as asas de condor
Que me impedem de voar,
Vejo agora, a vida através de um rio
Que me leva a afluentes e riachos
E com ansiedade,
Me aventuro a desvendar.
Não sei o que descobrirei
Sigo o seu rumo
Na esperança de encontrar
Em uma de suas curvas, a paz que procuro.
Não ouso olhar para trás, sinto que o destino é
ir em frente.
Quero vida fluindo
Feito um rio de águas cristalinas
Vencendo obstáculos, seguindo seu curso,
Caindo em solenes cascatas, para prosseguir
Rasgando planícies, indo desaguar em mares
Que revolverão o mais profundo
Dos meus oceanos...
Como o mar, ter força para lutar contra rochedos,
Reagir aos ciclos das marés e das luas,
Descansar em praias serenas,
Que apontarão para que vim e para onde vou.