Abri-me.
Explodi correntes,
derrubei por terra as amarras,
os freios, as peias,
regras e leis, castrações .
Um infinito novo escancarou-se
e eu, transformada em ave implume,
ensaio vôos livres
sobre paisagens cativas de outros mundos.
Hoje, sou muito mais eu.
Danem-se rugas,
certidões de idade,
quero viver a puberdade vencida,
— não vivida —
intata,
parada no tempo,
engolida,
refreada.
— Adolesço.