Já não desvendo mais teus sonhos,
nem descrevo tua silhueta no vão da porta...
Na penumbra,
som do silêncio permanece indiferente
só tua ausência...
só tua ausência...
Se teu riso rouco, teu olhar terno
já não faz parte deste mundo,
às vezes ouço a voz de tua alma, no eco deste
quarto vazio,
na poesia...
na poesia...
Ainda coleciono palavras,
e as desenho no mistério de íntimas raízes...
Na paisagem de minha janela já não mais te revelas...
Só te encontro
no fundo de mim,
de minha alma,
a sós...
a sós...