O guepardo espreita, ao longe, a sua presa.
Não há qualquer misericórdia em seu olhar.
Só brilho – fino e frio – do aço de cortar.
O predador é um vulto (oculto) na surpresa.
A mãe lambe o pequeno gnu recém-nascido:
Viver de agora em diante é uma questão de sorte.
No entanto o vento sopra a favor da morte.
Inerme, fraco e lento – ele é o escolhido.
Eis que o caçador se descongela, avança,
O corpo esguio, coleando, como quem dança,
Passo após passo sobre patas de algodão.
Contra a manada ele arremete! A cem por hora!
Abocanha o filhote e o derruba ao chão!
E, ali, ele o desventra – vivo – e o devora!