Segue o astro eremita sua rota vazia
Sem que nada aconteça de diferente.
Prossegue respeitando à mecânica fria
Da fria lei celeste estável e indiferente.
Quem sabe se com o advento da nova era
Uma conjunção cósmica fenha a favorecer
Ao objeto do firmamento obter o que espera,
A mais bela estrela à sua translação aquecer.
Esperando que forças celículas lhe acedam
Aguarda que as propícias águas de Aquário
Por companheira, Mira Ângela lhe concedam,
Pondo um fim à migração deste corpo solitário.
Nova era, para ele novo sentido terá tambem
Criando um motivo à contestável existência.
Sem solidão a felicidade lhe virá por bem
E valerá portanto ter tido tanta paciência.
Do livro: "Error Errante", Casa do Novo Autor Editora, 1999, RJ