Na geografia do quarto
em que tropeçam os desejos
a vida que salta impune,
através de duas janelas abertas,
intima a que se averigue o tempo
que transpõe os muros.
Mas desconheço o sentido
da manhã que se anuncia.
Nos subterrâneos do apartamento
onde sobrevivo às incertezas do dia,
acendo imagens e sonhos de televisão,
personagem que sou de estranhos enredos...