Meu amor é uma convulsão constante,
Que tua falta sempre sente,
Mesmo estando aqui presente,
E enquanto és minha amante;
É como um não poder viver sozinho,
E tua ausência ser qual morte,
E me perder na vida toda sorte,
Sair do rumo e não achar mais o caminho;
Meu amor não é viajante, peregrino,
É residente, calmo, eterno, sincero,
É puro, meigo, inocente, qual menino,
É a fome de ti, que mais sempre quero,
Está além do que na mente imagino,
Está em teus olhos que à noite espero.