Naquela festa,
Linda, enfeitada de sorriso maravilhoso,
Você vem se sentar bem à minha frente,
Então, injusta, e sem clemência,
Impiedosamente, você cruza as pernas,
lisas e nuas ...
E à minha mente vem uma idéia terna,
Giro minha taça de champagne,
em direção a essas pernas,
Só para ver a espuma por elas escorrer
!
E seu olhar de choque e espanto, firme
mas não de ódio,
anima-me a achar que não foi tão grave o meu crime,
Musa querida, entenda,
aqui nada mais houve,
do que aspiração,
Elevada à sua forma humana mais nobre:
— A sublimação
do desejo incontido por você.