Debruçada na janela me sorria
Quando eu passava pela rua apressado
E seu sorriso me seguia no caminho
E sentia sua presença ao meu lado.
Os meus passos todos ela acompanhava
Quando olhava-me passando à janela
Os sorrisos mais bonitos me entregava
E meus olhos negros a fugirem dela.
Sempre mais eu desejava o seu olhar
Quando via-me passando à janela
E a sentia acompanhando os meus passos
Logo um dia, não a vi em seu lugar
Fui à porta e, tímido, perguntei por ela
" — Já se foi, a morte a levou nos braços."