Meu consciente dorme
Num sono fértil
Sobre a relva macia
O céu debruça o seu olhar azul
Sobre o meu corpo incandescente.
O toque suave de suas mãos
Fazem acender esta fogueira menina
Que a ira outrora em estilhaços
Deixou xicatrizes na alma envaidecia.
Dorme, Dorme... deixe-me dormir
Pois enquanto o acalento do meu sono vigora
A incerteza estará voando
Em forma do último contor
Entre rapinas por outras paisagens.
Do livro: "Questào de valores — olhar de frente", Misturas e & Bocas Produções, 1987, RS